

O inglês Damien Hirst se transformou no ponta-de-lança dos Young British Artists e da “geração Saatchi” ao fatiar um tubarão, e colocá-lo em uma vitrine de formol em The Physical Impossibility of Death in the Mind of Someone Living, de 1992. Polêmico, o trabalho virou um símbolo da arte feita nos últimos anos do século 20 e também em síntese das relações entre marketing, artistas e mercado. Hirst, que cortou outros animais – vaca, carneiro, zebra – agora foi fatiado pela artista japonesa Noriko Ambe.
A artista, de 43 anos, se prepara para expor nos Estados Unidos e na Inglaterra sua série de trabalhos feita a partir de livros de outros artistas, em que faz cortes nas páginas buscando uma aproximação com os colegas citados/homenageados. O catálogo de Hirst no Metropolitan Museum de Nova York, desde 2004 dono de The Physical Impossibility of Death in the Mind of Someone Living, foi recortado e arranjado num tríptico, à imagem e semelhança do tubarão e sua vitrine.
Noriko tem predileção por publicações e arquivos. Abaixo, você vê mais dois trabalhos feitos a partir de livros de artistas: Giacometti e Gerhard Richter.

